quinta-feira, 10 de abril de 2008

Gestão de Pessoas - Um caso GERDAU-COSIGUA

O Grupo GERDAU não pode deixar de reconhecer que grande parte do sucesso que vem obtendo
nos mercados nacional e internacional deve-se basicamente às pessoas, pois é em seus cérebros
e corações que se encontra o espírito empreendedor que cada ser humano possui. As empresas
são dirigidas muitas vezes por técnicos que têm uma visão muito exata das coisas, não se podendo,
porém, esquecer que, às vezes, a soma de algo é diferente, ao se tratar de pessoas que exigem
condições que não são encontradas na própria tecnologia.
A “pedra de ouro” do Grupo é realmente as pessoas, começando a empresa a pensar como fazer
dessas pessoas os seus verdadeiros “sócios”, através da contribuição e do reconhecimento. Em
uma mudança de paradigmas, observa-se que o grande problema está na gerência média e na
nova forma que se deve dar ao tratamento das pessoas. Hoje a Gerdau possui 1.400 colaboradores
sem cartão de ponto nem supervisor de turma, mas que funcionam perfeitamente bem,
partindo do princípio de que “o homem é bom por natureza”, não precisando ser controlado num
ambiente em que se sinta realmente bem.
A remuneração oferecida pelo Grupo é variada e promove a criatividade, entendendo-se que, na verdade,
não existem diferenças culturais como se pensava antigamente, mas sim um denominador
comum integrado por determinados atributos de que o homem precisa para ter eficiência no que faz.
Na humanidade a emoção, o envolvimento, a participação e a comunicação são fatores que compõem
esse denominador comum, o que muitas vezes é difícil de ser entendido ao se tentar
quebrar paradigmas, em razão de problemas de formação ou de conjuntura, mas, se a empresa
não possuir funcionários que pensem em como melhorar, criar e agregar cada vez mais valores ao
seu trabalho, não terá o sucesso de que necessita para ser competitiva.
A grande “razão de ser” das empresas são os acionistas, os clientes, a equipe e a comunidade, a
partir dos fornecedores, das pessoas, da tecnologia, do método e dos produtos e serviços. Na
definição de uma administração eficaz, existe uma estratégia com missão e credos fundamentais
inseridos dentro de um contexto. É importante que as empresas tenham também planejamentos
de longo e de curto prazos, nos quais estejam inseridos os seus funcionários. Uma empresa se
faz com a soma das ações inteligentes de cada um dos seus colaboradores. O sistema de gestão
é também considerado como uma administração eficaz e que envolve estabilização de processos
(padronização), qualidade, custos, segurança, manutenção e meio ambiente.
A GERDAU adotou uma ferramenta para facilitar o fluxo das informações, o SAP, um fantástico
banco de dados que contém uma série de processos aplicáveis nessa área e cujo conceito é
estender os braços da gestão para os seus colaboradores. Uma administração eficaz requer,
também, liderança para motivar, o que repousa em três princípios básicos: querer, um sentimento
que move mentes e corações e que ocorre quando o liderado vê o seu líder envolvido num grande
projeto no qual ele também está inserido; saber, composto pelo capital intelectual (ensino básico,
conhecimento operacional, gestão e negócio), quando o líder conhece o negócio e transmite
esse conhecimento para que o liderado possa trabalhar bem; e poder (decisão, participação e
comunicação), quando o líder deixa realmente o seu liderado fazer.
A empresa é constituída por pessoas, seu capital intelectual, seus operadores e líderes, por bens
e por sistemas. O Grupo Gerdau possui atualmente operadores que dão à empresa o máximo de
sua capacidade operacional e que são grandes líderes em associações comunitárias, religiosas e
nos clubes a que pertencem, já que a capacidade criativa é algo inerente ao homem e tem de ser
liberada. O trabalho desenvolvido numa empresa tipicamente burocrática tem as ordens dadas
por gerentes e obedecidas por operadores, observando-se que, numa empresa moderna, os
gerentes são substituídos por líderes, que motivam os colaboradores e distribuem as informações
de que dispõem para que haja uma gestão de “todos”. Em 1995, o Grupo Gerdau implantou
esse programa, considerado muito bom e que se baseia na mudança de atitudes, possuindo
três clientes “reis”: o cliente “rei”, que compra o produto, o cliente “rei” acionista e o cliente “rei”
comunidade, todos dependentes da equipe, que apenas estando supersatisfeita, super-motivada
e superenvolvida poderá satisfazer esses três “reis”.

Um comentário:

Anônimo disse...

É BOM SABER QUE ALGUMAS EMPRESAS ESTÃO PERCEBENDO A IMPORTANCIA DE SEUS FUNCIONARIOS.
É DE SUMA IMPORTANCIA PERCEBER QUE OS FUNCIONARIOS SÃO O CORAÇÃO DA EMPRESA.
PARABENS PARA A GUERDAU E QUE TODOS SIGAM SEU EXEMPLO.

MICHELE COUTINHO